Metro do Porto: Projectos preparam melhores acessos de deficientes a transportes públicos
Porto, 28 Mar (Lusa) - Os deficientes visuais vão ter acesso, via telemóvel, a toda informação dos sistemas de transportes públicos graças à implementação de projectos desenvolvidos pela Metro do Porto.
Porto, 28 Mar (Lusa) - Os deficientes visuais vão ter acesso, via telemóvel, a toda informação dos sistemas de transportes públicos graças à implementação de projectos desenvolvidos pela Metro do Porto.
Numa parceria entre a Metro do Porto, Faculdade de Engenharia do Porto (FEUP) e a Associação de Cegos e Amblíopes de Portugal (ACAPO), os projectos INFOMETRO e o NAVMETRO, apresentados hoje, visam melhorar a acessibilidade aos transportes públicos.
Os projectos incluem sistemas de apoio aos clientes cegos e com deficiências visuais que, através de um telemóvel, podem ligar para uma linha gratuita e aceder a toda informação e sinalética em formato áudio, dentro e fora do sistema Metro do Porto.
Incluem ainda várias medidas que facilitam a acessibilidade em geral de pessoas com deficiência aos transportes públicos.
"Os dois projectos são sistemas que vão permitir uma grande autonomia por parte dos utilizadores, pois tivemos o cuidado para evitar qualquer tipo de barreiras arquitectónicas, criar sinalizações nos pisos para indicar as escadas, rampas e elevadores para o acesso às estações e faixas com diferenciação cromática nos bordos dos cais", afirmou, em declarações à Lusa, o arquitecto da Metro do Porto Manuel Teixeira.
Manuel Teixeira adiantou que o objectivo deste encontro "é perceber as dificuldades que existem na implementação dos projectos, para que saiam dessas salas o mais rápido possível e virem uma cultura nas empresas e na sociedade".
"Os projectos já saíram do papel, através de equipas que realizaram ensaios com clientes cegos em laboratórios da FEUP e na estação da Trindade. Já comprovámos que a arquitectura do sistema funciona com eficácia e prevemos dentro de seis meses disponibilizar os novos serviços", acrescentou o arquitecto.
Diamantino Freitas, da FEUP, disse que a Faculdade de Engenharia tem desenvolvido projectos de recursos adicionais para a acessibilidade dos deficientes desde 2000, mas que apenas a partir de 2004, através do programa Inclusão Digital, foi possível avançar com as ideias.
O director da ACAPO, Peter Colwell, afirmou que, embora este sistema seja pioneiro em Portugal, tem esperanças de que solucione as lacunas de informação e orientação dos deficientes visuais.
Diamantino Freitas adiantou que no final de Junho de 2008 espera que os protótipos já estejam avaliados, e que o próximo passo "é colocar o serviço em marcha".
Agência de Notícias de Portugal, S.A.2008-03-28
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