sexta-feira, novembro 17, 2006

terça-feira, novembro 14, 2006

Dinheiro inacessível em cadeira

Metade das caixas multibanco da cidade de Vila Real têm problemas de acesso para pessoas em cadeiras de rodas, desrespeitando a legislação. Os dados são revelados num estudo que vai ser apresentado pela Universidade de Trás-os-Montes a Alto Douro (UTAD), amanhã, Dia Mundial da Usabilidade, uma iniciativa que conta com 190 eventos diferentes em 37 países do mundo.
Outra das conclusões aponta para que "cerca de 60% das caixas não apresentam correctamente as funções audio para pessoas cegas", explica Francisco Godinho, coordenador do estudo e responsável pelo CERTIC - Centro de Engenharia e Reabilitação em Tecnologias da Informação e da Comunicação.
O trabalho envolveu 35 alunos de uma turma do 3º ano do curso de Informática, que recolheram informações e fotografias em 55 caixas multibanco no centro urbano e em grandes superfícies comerciais, sendo que nestas últimas, "a acessibilidade é normalmente boa", explica um dos alunos, Nuno Cunha.
Mário Trindade tem 31 anos e desloca-se em cadeira de rodas desde os 18 anos, depois de uma intervenção cirúrgica à coluna que correu mal. Também ele acaba por colaborar no estudo, com o seu exemplo. Mário pratica atletismo e basquetebol em cadeira de rodas e tem uma boa preparação física, útil para ultrapassar obstáculos. Mas alguns, como as escadas, são mesmo intransponíveis. "Na maioria dos multibancos não consigo chegar ao teclado, mas há um número muito significativo em que fico a vários metros de distância. Só por telepatia", conta.

Na zona da Senhora da Conceição, uma área nova da cidade, por exemplo, "há uma agência do Totta que não tem qualquer rampa, mas vários lanços de escadas. É um prédio novo e o banco está ali há um ano instatalado. Não se entende bem como". Pela positiva, e ainda na mesma zona, "uma agência do Finibanco é das poucas na área urbana com acesso fácil. O curioso é que posteriormente colocaram mesmo à frente do ecrã um cesto para os papéis que estragou o que antes estava bem feito", refere.
Na zona Além-Rio, vamos encontrar uma outra situação caricata. O multibanco da Caixa Geral de Depósitos, também num prédio recente, vai ser pela primeira vez usado por Mário Trindade. Uma rampa de acesso parece antever sucesso, mas cedo se conclui que a rampa é só para acesso à porta. O multibanco foi instalado exactamente a meio da rampa. Não só a cadeira de rodas fica inclinada, como é impossível chegar a todos os botões "aqueles que consigo alcançar com as mãos, não os consigo ver, e não são sufientes para efectuar qualquer operação, mesmo que os soubesse de cor", explica.

Dia Mundial da Usabilidade 2006: Tornando a Vida Mais Fácil

Comemora-se no próximo dia 14 de Novembro o 2º Dia Mundial da Usabilidade. Por todo o mundo, mais de 200 eventos terão lugar em 40 países, sob o tema “Tornando a Vida Mais Fácil”. Em Portugal, a Associação Portuguesa de Profissionais de Usabilidade vai comemorar o dia com um evento que terá lugar pelas 16h30 no Anfiteatro 1 da Faculdade de Motricidade Humana da Universidade Técnica de Lisboa e gostaríamos de convidá-lo. O evento é de entrada livre.
Neste evento será lançado o site “Vida Fácil” onde qualquer pessoa poderá contribuir com relatos de situações e objectos que lhes tornam ou a vida mais fácil ou mais difícil. O objectivo deste site é consciencializar a opinião pública para as falhas na concepção de produtos e para o papel que os profissionais de usabilidade podem desempenhar na sua optimização.
O lançamento do site será seguido de um debate sobre a influência da Usabilidade nas nossas vidas. O debate contará com a participação de Designers, Psicólogos, Arquitectos, Ergonomistas e Especialistas em Usabilidade.
O programa do evento é o seguinte:
16h30: Boas Vindas
16h40: Lançamento do Site "Vida Fácil"
17h00: Debate sobre a influência da Usabilidade nas nossas vidas, com aparticipação de:
Local de realização:
Anfiteatro 1 da FMH
Estrada da Costa
Cruz Quebrada
1495-688 Cruz Quebrada – Dafundo

terça-feira, novembro 07, 2006

ADI apoia projecto da Microsoft para investigação e desenvolvimento na língua portuguesa

A Microsoft e a Agência de Inovação - ADI - assinam hoje um contrato no âmbito do Sistema de Incentivos à Criação de Núcleos de Investigação e Desenvolvimento Tecnológico no Sector Empresarial, o NITEC. Esta medida conclui o terceiro ponto do Memorando de Entendimento, assinado em Fevereiro, entre a Microsoft e o Estado português.
Financiado pelo Programa de Incentivos à Modernização da Economia, o acordo tem como objectivo co-financiar os custos dos projectos de Investigação e Desenvolvimento (I&D) para a Língua Portuguesa Falada, inserida no Centro Microsoft para o Desenvolvimento da Linguagem (MLDC).
Os projectos visam a criação de recursos linguísticos e de uma plataforma para o tratamento computacional da fala no idioma nacional, que "permita o desenvolvimento e a adaptação de software com interacção pessoa-máquina utilizando a fala, em toda a gama de produtos Microsoft (sistemas servidor, cliente, de mobilidade e de entretenimento)", diz a empresa em comunicado.
O acordo transparece a importância que o ID aplicado à língua portuguesa tem, junto das duas entidades, "como factor de desenvolvimento social e económico e de melhoria do esforço de cidadania, na medida em que potencia a inclusão digital e a acessibilidade de todos às tecnologias de informação e comunicação".
Dentro dos termos do contrato a ADI irá financiar o MLDC em 178 mil euros durante os próximos 28 meses, apoiando os seis projectos actuais de I&D nacionais para os quais o cento está focalizado - VoxCorp, TranSpeech, Euro PT Connect, SpeechApps, Lexicon -assim como o inicio de dois novos projectos.
Aplicações futuras
Richard Sprague, Group Program Manager do Grupo de Desenvolvimento de Produto responsável pela Fala na Microsoft em Redmond acredita que a assinatura do contrato irá ajudar a expandir as actividades do MLDC o que será importante para "desenvolver componentes de fala de classe universal", sendo "altamente benéfica a presença de equipas de desenvolvimento, no terreno, no país da língua falante".

Para Miguel Sales Dias, director do Centro Microsoft para o Desenvolvimento da Linguagem o apoio da ADI é o reconhecimento de um trabalho que tem sido desenvolvido e que "visa a criação de um núcleo de investigação e desenvolvimento tecnológico, que a médio/longo prazo pretende desenvolver em Portugal os componentes e recursos informáticos essenciais da língua Portuguesa falada, incluindo o reconhecimento e a síntese".
O mesmo responsável afirma que estão a ser efectuados trabalhos para minimizar o número de infoeexluídos, em especial os que têm "deficiências visuais, auditivas ou de cognição", assim como as "pessoas com limitações de mobilidade" ou os que são mais aptos a formas de "interacção pessoa-computador".
As palavras de Miguel Sales Dias, publicadas na nota de impresa, demonstram expectativas para que dentro de um ou dois anos comecem a aparecer no mercado produtos Microsoft, ou aplicações de parceiros, "os primeiros componentes de reconhecimento e síntese de fala desenvolvidos em Portugal."

É de salientar que o MLDC é um dos quatro Centros de Desenvolvimento da Microsoft implementados na Europa, e o primeiro fora dos Estados Unidos, dedicado ao desenvolvimento local da linguagem.

Apresentado em Novembro do ano passado, este centro tem como objectivo a longo prazo o desenvolvimento de componentes chave de linguagem à região EMEA, começando pelo idioma nacional, para plataformas e produtos Microsoft.

Projecto Astro - PT e ME a pensar nas NEES??

A Fundação Portugal Telecom e o Ministério da Educação assinaram um acordo para apoiar alunos com necessidades educativas especiais.
Denominado “Projecto Astro”, este é mais uma parceria em linha com a política de responsabilidade social da Portugal Telecom.
Garantir o acesso ao ensino escolar de crianças e jovens impossibilitados de frequentar regularmente a escola por razões de saúde. É este objectivo do Protocolo de Colaboração do “Projecto Astro”. A assinatura foi feita no dia 24 de Outubro entre a Direcção-Geral de Inovação e Desenvolvimento Curricular do Ministério da Educação e a Fundação Portugal Telecom.
A cerimónia da assinatura do “Projecto Astro” contou com a presença de Luís Sousa de Macedo, Administrador da Fundação PT, Idália Moniz, Secretária de Estado Adjunta e da Reabilitação, Valter Lemos, Secretário de Estado da Educação e Luís Manuel Capucha, Director Geral de Inovação e Desenvolvimento Curricular do Ministério da Educação.
Luís Capucha, abriu a sessão e enalteceu a “ disponibilidade da Portugal Telecom para desenvolver este tipo de iniciativas”. Luís Sousa de Macedo, realçou a importância desta parceria e referiu que “um dos eixos de actuação da Portugal Telecom prende-se com o combate à info-exclusão”. Por isso, o Administrador da Fundação PT referiu que “este combate faz-se através das soluções especiais da PT para ajudar idosos, doentes graves, e deficientes. É este universo que nos preocupa mais e por isso é que a PT tem investido tanto neste tipo de projectos”, salientou Luís Sousa de Macedo.
O Administrador da Fundação PT salientou ainda a qualidade do Projecto Astro e desta parceria, que “é mais uma passo para fortalecer a política de responsabilidade da Portugal Telecom”.
No âmbito deste Protocolo serão criados pela Fundação Portugal Telecom, ao longo de 3 anos, no nosso país, 25 Centros de Recursos Astro onde serão instalados produtos e serviços com a designação Soluções Especiais PT, destinados a alunos com limitações visuais, neuro-motoras e/ou cognitivas, utilizadores de comunicações aumentativas. Em cada centro será disponibilizado um acesso à Internet em banda larga e assegurada a instalação do respectivo Kit ADSL. Neste sentido, Idália Moniz, referiu que “este protocolo tem grande significado precisamente porque permite criar condições para que 25 escolas do país usufruam deste projecto”, sublinha a Secretária de Estado.
Valter Lemos, Secretário de Estado da Educação agradeceu no final à Portugal Telecom. “ Esta é uma grande oportunidade que a PT está a dar aos serviços do Ministério da Educação.Por isso, estamos muito satisfeitos com esta parceria, até porque a responsabilidade social da PT já é reconhecida na sociedade portuguesa”, salientou.
No Protocolo está também prevista a instalação, em 20 locais diferentes, da Solução PT Teleaula, desenvolvida pela PT Inovação e baseada em videoconferência, que possibilita a interacção de alunos deficientes em regime domiciliário ou hospitalizados, com as turmas em que se encontram inseridos. Em cada local será assegurado o acesso à Internet em banda larga (ADSL).
As crianças deficientes em Portugal, que não podem deslocar-se às escolas, vão ser abrangidas por esta solução.
Esta colaboração com o Ministério da Educação, que implica um investimento superior a 360 mil euros, insere-se na prática de cidadania empresarial da Portugal Telecom que, através da Fundação PT, se empenha na procura de serviços, produtos e soluções que contribuam para uma melhor qualidade de vida dos cidadãos com necessidades especiais de comunicação.

segunda-feira, novembro 06, 2006

Projecto Magic Key

Dificuldades motoras já não impedem acesso às TIC

O projecto português Magic Key ajuda pessoas com dificuldades motoras a aceder aos computadores. Inserido na Casa do Futuro, o projecto pode ser visto a funcionar no SITIC, que decorre na FIL.

O projecto Magic Key, desenvolvido para dar resposta às dificuldades que as pessoas com limitações físicas têm em aceder aos computadores, faz parte da Casa do Futuro, um espaço concebido pelo SITIC em parceria com vários expositores e patrocinadores.

Este projecto, desenvolvido pela Escola Superior de Tecnologias e Gestão da Guarda, liderado pelo Professor investigador, Luís Figueiredo, permite que uma pessoa sem qualquer movimento consiga, através de um simples olhar, utilizar um PC ou simplesmente usar e controlar toda a casa.

O Magic Key pode ser visto a funcionar na Casa do Futuro, onde se encontra em demonstração. A Casa do Futuro recria uma casa com cerca de 200m2, constituída por uma área de quarto, sala, escritório, cozinha e ainda um veículo automóvel, toda ela equipada com tecnologia domótica, pouco conhecida pelo público em geral, criando um conjunto de espaços com soluções inovadoras.

domingo, novembro 05, 2006

Dia Mundial da Usabilidade

A tecnologia hoje é muito difícil de ser utilizada. O telefone celular deveria ser tão fácil de usar quanto a maçaneta da porta. Para humanizar um mundo que usa a tecnologia como infraestrutura em diversas áreas como educação, saúde, governo, comunicação, entretenimento e trabalho acreditamos que é preciso desenvolver tecnologias que coloquem o ser humano em primeiro lugar.

A tecnologia deve melhorar nossas vidas e não aumentar nosso estresse ou nos colocar em risco por conta de um projeto mal feito ou da baixa qualidade de um produto. É nossa obrigação garantir que essa tecnologia seja eficiente, satisfatória e confiável e que possa ser usada por todos. Isto é particularmente importante para pessoas portadoras de necessidades especiais porque a tecnologia pode melhorar suas vidas e permitir que participem plenamente do trabalho e da vida social e cívica.

Erro humano é uma expressão incorreta. A tecnologia deve ser desenvolvida considerando que os seres humanos possuem limitações. O erro humano ocorre quando a tecnologia não é igualmente fácil de compreender e usar. É preciso reduzir o erro humano resultante de maus projetos.

Nós acreditamos na necessidade de um esforço conjunto e coordenado para desenvolver uma tecnologia confiável e fácil de usar, que ajude as pessoas em todos os aspectos da vida, incluindo educação, saúde, governo, privacidade, comunicações, trabalho e entretenimento. É preciso colocar as pessoas no centro do projeto, partindo de suas necessidades e desejos para chegar a uma tecnologia que beneficie a todos.

Por isso, nós, abaixo assinados, concordamos em trabalhar juntos para projetar uma tecnologia que ajude os seres humanos a realizar seu potencial, de maneira que possamos criar um mundo melhor para nós e para as futuras gerações.

Nós decidimos celebrar o Dia Mundial da Usabilidade todos os anos, para estabelecer um dia mundial de eventos ao redor do mundo que unirá comunidades de profissionais, industriais, educadores, cidadãos e grupos governamentais em torno de nosso objetivo comum: assegurar que a tecnologia auxilie as pessoas a viver seu potencial em plenitude e ajude a criar um mundo melhor para os cidadãos de todos os países.
Artigo 1: Educação
Escolas dotadas de redes de comunicação com ou sem fio estão cada vez mais comuns. Em todo o mundo os alunos se beneficiam de computadores, do acesso à Internet e de telecomunicação de baixo custo, fáceis de usar e confiáveis. A tecnologia educacional não deve estar apenas disponível e acessível financeiramente, mas deve ser utilizada com facilidade por professores, pais e alunos.
Artigo 2: Saúde
A Saúde deve estar à disposição de todos no mundo inteiro. A tecnologia na Medicina pode ajudar a melhorar a saúde, mas deve ser fácil de usar: o erro nessa área tem um custo elevado. Nós somos o que comemos, por isso precisamos de alimentos mais saudáveis que promovam o bemestar das pessoas em todo o mundo. A tecnologia que produz melhores alimentos para todos deve ser construída a partir de pesquisas que tenham em mente o ser humano como um todo.
Artigo 3: Governo
Os governos ao redor do planeta procuram utilizar novas tecnologias para melhor servir a seus cidadãos e para aumentar a sua participação cívica. Os cidadãos podem pagar impostos e cuidar de seus negócios online em diversos países do mundo; esta possibilidade deveria estar disponível para todas as pessoas, eliminando a exclusão digital que separa ricos e pobres ou isola grupos sociais. Os sistemas de votação eletrônicos devem garantir a confiabilidade e o sigilo das eleições. A tecnologia que apóia o compromisso cívico deve assegurar a todos os cidadãos oportunidades e acesso iguais, e deve ser fácil de usar e fácil de compreender por todos os cidadãos, incluindo aqueles portadores de qualquer tipo de necessidade especial.
Artigo 4: Comunicação
As pessoas precisam se conectar umas com as outras. Nunca antes houve tantos meios de comunicação: telefones, Internet, mensagens e a mídia impressa. A tecnologia que facilita a comunicação entre as pessoas deve ser de uso intuitivo. Ela deve apresentar instruções fáceis de entender, e botões, puxadores e mostradores que não precisem de ajustes constantes.
Artigo 5: Privacidade e Segurança
À medida que cresce o uso da tecnologia também aumenta a preocupação em relação a novas formas de comércio eletrônico, governo eletrônico e comunicação eletrônica. É preciso construir proteções adequadas que assegurem interações seguras, proteção às crianças e sistemas dignos de confiança.
Artigo 6: Entretenimento
O entretenimento não é somente para o nosso tempo livre. As pessoas utilizam o entretenimento por diversas razões na sua vida cotidiana. O mundo do entretenimento aderiu à tecnologia para nos oferecer fotos, filmes, músicas e jogos de novas maneiras e em diferentes dispositivos. Mas mesmo
O divertimento pode se beneficiar da usabilidade! Controles remotos incompreensíveis, instruções confusas e relógios de videocassetes desconfigurados pedem por melhorias nas mídias eletrônicas. Sistemas de entretenimento fáceis de usar tornarão a nossa experiência menos cansativa e frustrante.

Inovar é preciso!

Seria necessário recorrer á história para descrever algum trabalho efectuado em prol da acessibilidade na Lousã, tanto pela Câmara Municipal, como por entidades privadas que paulatinamente, foram construindo inúmeras infra estruturas de acesso. Cumprindo, deste modo, os princípios básicos de cidadania.

Mas, será que o trabalho já efectuado respeitou todas as normas técnicas de acessibilidade?
Tendo como base os "Conceitos Europeus de Acessibilidade" poderemos corrigir algumas lacunas que permitam maior funcionalismo na rede de mobilidade para todos os cidadãos. Promover a acessibilidade é mais do que construir rampas. Não podemos descorar a importância das tecnologias de apoio, numa nova acessibilidade que urge implementar na Lousã.

Senão, vejamos:

Portas automáticas. Para existir uma perfeita deslocação para o interior de um edifício público este deve ser apetrechado com portas automáticas (os seus sensores facilitam a circulação de pessoas e bens). Indicamos como exemplo de prioridade a: Câmara Municipal, Biblioteca Municipal, Espaço Internet e o Centro de Saúde.

Ecopontos acessíveis. Para que todos sejam incentivados a colaborar na reciclagem deveremos adaptar a colocação dos contentores do Ecoponto no sentido destes serem acessíveis. A solução está em enterrar metade deste equipamento para diminuir a altura e com uma abertura fácil e segura, com um bom serviço de limpeza e manutenção teremos o segredo para um ambiente físico perfeito.

Comunicação. A Portugal Telecom deve corrigir urgentemente algumas falhas: equipar a Lousã com algumas cabines telefónicas adaptadas para pessoas de baixa estatura, crianças ou cidadãos de cadeira de rodas e colocar autocolantes reflectores nos revestimentos em acrílico das cabines existentes para evitar os lamentáveis embates de pessoas com baixa visão.
Os CTT têm vindo a modernizar as suas instalações com caixas de correio que prestam variados serviços, desde o correio normal ao rápido chegando á venda de selos. No entanto, estes serviços estão demasiado concentrados em redor da Câmara Municipal (em pouco mais de cem metros de distância existem duas caixas deste modelo). Deve-se aumentar a sua quantidade mas também distribuí-las convenientemente pelo concelho.

Elevadores. Nesta vila nunca existiu um investimento em elevadores de escada nos edifícios públicos. Este equipamento é prático e resume-se a uma plataforma que fica colocado junto aos degraus permitindo subir qualquer pessoa sem descaracterizar o local. Se este equipamento já tivesse sido utilizado, actualmente não existiriam rampas com inclinações exageradas e assim todos os locais seriam acessíveis.
A Autarquia deveria apetrechar-se também com trepadores de escadas como o sistema "Jolly" ou "Explored" que são modelos estudados para transportar cadeiras de rodas manuais ou eléctricas com a ajuda de terceiros ou não. Presumimos, que estes equipamentos sejam eficientes em caso de catástrofes e úteis em qualquer circunstância.

Cultura e lazer. Urge ainda colocar "elevadores de elevação" para todas as Piscinas Municipais, este é o material perfeito para completar alguma acessibilidade já existente. Este ascensor é totalmente impermeabilizado, funciona a bateria, é móvel, foi especialmente concebido para estas situações, assegurando assim a correcta transferência para dentro de água de uma pessoa com mobilidade condicionada.
O Ecomuseu da Serra da Lousã - Museu Etnográfico Dr. Louzã Henriques e outras Exposições Temáticas deveriam ter sistemas de orientação colocados no chão indicando o percurso perfeito e ainda auscultadores ligados a sistemas de som com a gravação da descrição das obras expostas para facilitar o acesso á cultura para pessoas com deficiência visual.

Espaços Públicos. Dentro dos serviços públicos indicamos outras situações que também merecem a nossa ressalva: secadores de mãos para os W.C., mesas ajustáveis em altura, cadeiras ou bóias flutuantes para piscinas, mais barões de segurança, suportes para livros, um site acessível para a Biblioteca Municipal - tudo isto num infindável mundo do "Desenho Universal" e ergonomia.

Estas tecnologias são ferramentas poderosas na nossa vida quotidiana, com o apoio delas todos os cidadãos poderão participar plenamente na sociedade e será com esta perspectiva de progresso e inovação que a Lousã pode começar a destacar-se como a vila mais acessível de Portugal.

João Henriques