quinta-feira, junho 21, 2007

Multibanco Fora da Lei

Feira Social da Mobilidade e Acessibilidade

A Câmara Municipal de Coimbra através da Divisão de Acção Social e Família - Rede Social (Grupo de trabalho: Acessibilidades) vai levar a cabo uma acção denominada "Feira Social da Mobilidade e Acessibilidade", nos dias 3 e 4 de Julho de 2007 no Pavilhão Multidesportos.

Assim e no âmbito dos objectivos do Município Cidade Solidária e Saudável bem como das orientações do Ano Europeu para a Igualdade de Oportunidades para Todas e Todos - Por Uma Sociedade Justa - 2007, esta Feira Social pretende afirmar a co-responsabilidade sistémica entre a sociedade, Estado e Instituições, enquanto actores sociais empenhados e unidos na construção de uma sociedade mais justa e equitativa.

O evento contará assim com a presença de diversas instituições: IPSS, entidades oficiais, assim como de empresas ligadas ao ramo da mobilidade e acessibilidade.

Pretende-se com a "Feira Social da Mobilidade e Acessibilidade" contribuir para a divulgação junto da comunidade, de projectos de âmbito social, dando a conhecer o desempenho das instituições junto dos seus utentes, dignificando assim o trabalho desenvolvido, consolidando e estreitando laços no espírito das parcerias. Pretende-se ainda, divulgar produtos facilitadores da mobilidade e acessibilidade, apresentados quer por instituições, quer por empresas.

No dia 3 de Julho a "Feira Social da Mobilidade e Acessibilidade"estará aberta à população das 14:00H às 20:00H.

Na noite do dia 3, pelas 21h realizar-se-à um Concerto Musical de Solidariedade no mesmo espaço, com a presença dos seguintes grupos:

- 5ª Punkada do NRC-APPC;

- Rebus Stare da APPACDM;

- Antigos Orfeonistas da Universidade de Coimbra;

- Orquestra Clássica do Centro;

- André Sardet.

No dia 4 de Julho, Dia da Cidade e feriado municipal, a "Feira Social da Mobilidade e Acessibilidade" estará aberta ao público das 10:00H às 22:00H.

Divisão de Acção Social e Família

segunda-feira, junho 18, 2007

Cegos nas escolas

Alunos cegos frequentam, neste ano lectivo, 591 escolas básicas e secundárias a Há uma instrução que Amélia Lopes dá sempre aos alunos no primeiro dia de aulas: nunca ponham o dedo no ar quando quiserem pedir a palavra - a professora é cega. Há coisas, como sair da escola para experimentar tocar nas plantas ou nas pedras, que Margarida Loureiro considera fundamentais para aqueles que ensina - alguns são cegos.

Como aprende quem não vê? Foi do que se falou, numa manhã desta semana, no aparthotel de Lisboa onde Fernando Santos, cego, passou 11 dias a socorrer-se apenas da Internet para cumprir diversas tarefas do dia-a-dia, numa iniciativa que testou a acessibilidade dos sites portugueses.

E, a avaliar pelo que conta quem passou por esta experiência, é muitas vezes vencendo quase tudo o que a rodeia que uma pessoa que não vê aprende e completa o percurso académico. Há dificuldades que são óbvias, mas há outras que conseguem surpreender.
É esta expressão - surpresa - que Margarida Loureiro, professora de educação especial de alunos com baixa visão e cegos, utiliza. "O que me tem surpreendido é a atitude de alguns médicos na relação com os miúdos cegos e as famílias."

Com isso, diz, não estava mesmo a contar.

Uma das estudantes que a professora acompanha tinha uma carta de uma oftalmologista a dizer que precisava de frequentar uma escola especial. E quando a médica, numa consulta posterior, percebeu que a criança continuava no ensino regular, disse: "Mas o que é que ela está a fazer na escola? Ela não consegue aprender." Margarida conta, porque estava lá - vai com os estudantes às consultas.
Outro aluno não começou a aprender antes dos nove anos. "Só tivemos conhecimento dele quando o irmão mais novo entrou para a escola", na zona de Sintra, recorda Margarida Loureiro.
Nunca tinha tido qualquer contacto com braille nem com alguma espécie de ensino.
Amélia Lopes, cega, professora de Português e Francês no ensino regular, esteve até mais tarde alheada do mundo. Nasceu numa aldeia do interior, filha de pais analfabetos. Aos seis meses teve sarampo; correu muito mal.

"Apanhou-me os olhos. Não me pergunte como nem porquê, mas foi isso que me cegou. Nunca
tive uma visão que me desse a possibilidade de ir à escola como qualquer outra criança." Aos 17 anos deixou por completo de ver.

Com 18 disse aos pais que vinha a uma consulta de Oftalmologia a Lisboa e nunca mais regressou. Começou por vir ter com uma prima. Aprendeu braille, preparou-se para o exame da 4.ª classe. Nunca mais parou de estudar. Licenciou-se na Faculdade de Letras.
Agora, aos 53 anos, continua a dar aulas e a sentir que "é preciso preparar os professores" que estão nas escolas: "Uma pessoa cega [professor ou aluno] não é um extraterrestre e não traz as dificuldades que eles às vezes pensam que traz."

Quando se fala em dificuldades, Ana Oliveira, cega, de 39 anos, pensa logo nos tempos de faculdade. "Não havia professores de apoio, não havia livros [em braille], não havia nada."
Ana gravava as aulas para depois estudar. Mas como estava muito habituada a estudar por apontamentos (no ensino secundário anotava tudo numa máquina de braille, à medida que os professores falavam), era-lhe difícil reter a matéria quando apenas a ouvia. "Dava-me ao trabalho de passar as cassetes todas para braille, por isso o curso demorou seis ou sete anos."
Diz que pelo meio se apaixonou pela informática. E levar um computador portátil para as aulas "fez toda a diferença". Alguns professores continuavam a falar muito depressa, mas ela escrevia "bastante rápido".

Fonte: http://jornal.publico.clix.pt/

sábado, junho 16, 2007

Bike Tour Bicicletas duplas permitem a participação de invisuais

Na segunda edição do Bike Tour vai ser possível o aluguer de kits que incluem bicicletas duplas, que permitem a participação de invisuais que podem ser acompanhados por um guia que os orientará ao longo da prova. "É importante que se trabalhem questões como a igualdade, principalmente quando atravessamos o Ano Europeu da Igualdade de Oportunidades para Todos", disse Rui Cunha, provedor da Santa Casa da Misericórdia, uma das presenças na apresentação oficial da bicicleta, que ocorreu ontem, no centro de reabilitação de Alcoitão.

Este progresso tornou-se possível graças à ligação entre a organização do evento, o Ministério do Trabalho, a secretária de Estado adjunta e da Reabilitação e a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa. A participação de invisuais abre novos horizontes na sociedade portuguesa que, segundo Idália Moniz, secretária de Estado adjunta e da reabilitação, "tem sofrido vários avanços ao longo dos últimos 30 anos. É uma sociedade que começa a aceitar a diferença", diz. Com o lema Pedalada... Só com a tua energia! a edição deste ano insere-se ainda numa campanha nacional levada a cabo pelo Instituto da Droga e da Toxicodependência (IDT). "Que este lema incuta às pessoas a necessidade de viverem a vida só com a sua energia, não recorrendo a nenhum tipo de estupefacientes", diz João Goulão, presidente do IDT, também presente na cerimónia. Além disto, a iniciativa pretende alertar para um estilo de vida cada vez mais sedentário e para a defesa de hábitos mais saudáveis.

O Bike Tour foi pensado para não praticantes de cicloturismo, com idade superior a 12 anos, e para proporcionar aos participantes um convívio saudável, assim como a oportunidade de admirar e descobrir lugares numa perspectiva diferente da que têm habitualmente nos meios de transporte motorizados. Este ano o evento divide-se em duas edições. A primeira em Lisboa, a 24 Junho, com início na Ponte Vasco da Gama e final no Parque das Nações. E, pela primeira vez, no Porto, a 22 Julho, com início em Gaia e final na Foz do Porto. Inês Caridade

Fonte: http://jornal.publico.clix.pt/

quinta-feira, junho 14, 2007

Cego vai testar acesso à Internet

Um cego vai fechar-se em casa, a partir de hoje e durante cinco dias, para testar a acessibilidade à Internet por parte dos deficientes visuais portugueses. A experiência vai ser realizada em plena campanha presidencial pela inclusão.

Fernando vai tentar marcar consultas pela Internet, comprar alimentos, procurar atendimento na câmara municipal, pagar a conta da água e comprar um bilhete para um espectáculo musical. Estes serão alguns dos testes para verificar até que ponto a sociedade portuguesa terá adoptado a internet como meio de integração da pessoa com deficiência.

A iniciativa ,denominada Integra21, tem o patrocínio do presidente da República e resulta de uma parceria entre a Associação de Cegos e Amblíopes de Portugal (ACAPO) e a Associação do Comércio Electrónico de Portugal (ACEPO), através da empresa Vector21, do sector de tecnologias de informação.

"Não se trata de um teste de sobrevivência", já que Fernando vai ter em casa comida e outros bens essenciais, explicou à Lusa a representante da empresa, que pretende verificar o número de sites a que Fernando consegue aceder durante aquele período. "Acredito que não vai conseguir fazer uma compra on-line", afirmou Teresa Marta, distinguindo entre a possibilidade de acesso aos sites e a efectivação do acto de compra.

Será pedido a Fernando que compare também a experiência de compras pela internet com a de compras presenciais. Um objecto simples, como um CD, permitirá verificar se são maiores as barreiras físicas colocadas a cegos ou as da Internet.

Os sites da administração pública, muitos deles pela falta de actualização de dados, e os de aquisição de produtos comerciais deverão ser os que maiores obstáculos trarão à experiência para que Fernando se voluntariou.

Fonte: http://jn.sapo.pt/

domingo, junho 03, 2007

Movimento de Trabalhadores Portadores de Deficiência em defesa dos Benefícios Fiscais

Exmos/as. Sr/as.,


Os benefícios fiscais em sede de IRS, que as pessoas portadoras de um grau de deficiência igual ou superior a 60% têm auferido desde 1988, não são uma benesse, nem os 39.000 cidadãos a quem o Governo já cortou uma parte dos benefícios, são, como este pretendeu fazer crer, privilegiados.

Essa é a nossa convicção e por isso iniciámos este Movimento de Trabalhadores Portadores de Deficiência em defesa dos Benefícios Fiscais para o qual vamos pedir o apoio das associações de pessoas com deficiência e dos sindicatos.

As nossas razões, que julgamos poder ser subscritas por todos os atingidos, estão expressas no Manifesto que pode ser consultado no site electrónico em: http://xbarreiros.no.sapo.pt/mtpd-bfiscais/ (o endereço ainda é provisório). Aí colocaremos toda a informação e temos um email (mtpd.bfiscais@gmail.com) que devem usar para nos contactar. Pedimos às pessoas com deficiência e dispostas a reagir contra esta medida, que nos contactem logo que possível.

Embora conscientes de que este processo encontrará obstáculos e, porventura, algumas incompreensões, estamos seguros que é uma causa digna e seguramente solidária, que se traduzirá, no final, pela necessária reposição dos benefícios fiscais.

Filmes nacionais com audiodescrição

No próximo dia 10 (domingo), o Lusomundo Gallery assinala o Dia de Portugal com a emissão de 12 filmes lusos, oito dos quais com serviço de audiodescrição narração adicional à banda sonora do filme ou programa, destinada a cegos e amblíopes. São eles: "Quaresma", "Rasganço", "Esquece tudo o que eu te disse", "Jaime", "O delfim", "Tarde de mais" e "Alice".

Hoje, comemora-se o quarto ano sobre o início das emissões deste canal por assinatura do cabo e do Lusomundo Premium. Além dos filmes portugueses, o Gallery vai ainda exibir, de 18 a 24 próximos, o ciclo "Sete faces de Tom Cruise", com muitos dos filmes protagonizados pelo actor. Já o Premium reforça a sua selecção de estreias, nas noites de sexta-feira, com a apresentação de algumas películas que mais se destacaram no ano passado nas salas de cinema "Walk the line", com Reese Wintherspoon, que recebeu um óscar para melhor actriz e Joaquin Phoenix , "Syriana", com George Clooney, "A pantera cor-de-rosa", Steve Martin no papel do inspector "Jacques Clouseau", "Aeon flux", com Charlize Theron, e "Miami vice", inspirado na série de televisão, com Jamie Foxx e Collin Farrell.

Sócrates "oferece" portáteis

O primeiro-ministro foi ao Parlamento, ontem, "oferecer" computadores portáteis a cerca de meio milhão de pessoas. Não é exactamente uma dádiva, mas um acesso, a preço reduzido, a computadores e ligação à Internet em banda larga. Os beneficiários serão estudantes, professores e trabalhadores inscritos no programa de Novas Oportunidades

O programa, que envolverá cerca de 500 mil pessoas, vai ser financiado através de um fundo, constituído por verbas das contrapartidas contratualizadas pelo Estado com os operadores que obtiveram licenciamento das comunicações móveis de terceira geração.

A apresentação do programa foi bem recebida pela Oposição, que, de uma forma genérica, elogiou a iniciativa do Governo, o que permitiu ao primeiro-ministro argumentar que os governos anteriores nada fizeram para rentabilizar as tais contrapartidas disponíveis desde 1999.

Fonte: http://jn.sapo.pt/