MANAUS - A XIII edição do Festival Amazonas de Ópera realizado no Teatro Amazonas oferecerá aos portadores de necessidades visuais o serviço de audiodescrição. A estréia, segundo o secretário estadual de cultura, Robério Braga, será durante a segunda apresentação da ópera `Sansão e Dalila', que acontecerá amanhã (28). Ao todo, 50 fones serão disponibilizados para deficientes visuais.
"É como se há muito tempo eu estivesse de olhos fechados para o mundo e de repente começasse a enxergar o que nunca tinha visto". A impressão é de um deficiente visual, maravilhado com a apresentação da ópera `Sansão e Dalila'. Gilson Moura, que não enxerga há 29 anos, participou do teste do novo serviço que será oferecido pelo Teatro.
Audiodescrição
A audiodescrição é a técnica de transformar a imagem em palavras. Funciona como um sistema de tradução: o ouvinte recebe as informações via fone de ouvido de um audiodescritor, que fica em uma cabine assistindo ao espetáculo e repassando informações que vão desde o cenário até o figurino e entrada e saída de cena de personagens.
Para isso, 18 pessoas entre funcionários da Secretaria Estadual de Cultura (SEC), Teatro Amazonas e Biblioteca Braille, estão sendo treinadas pela operadora de telefonia Vivo, patrocinadora do projeto. Para cada apresentação, elas estudam antecipadamente informações técnicas sobre a obra e acompanham os ensaios. "É uma ação pioneira no Amazonas e a técnica é muito recente no Brasil", explicou a professora do curso, Lívia Maria Motta, que veio de São Paulo para ministrar a aula presencial.
Ensaio da ópera `Sansão e Dalila'
São 42h de curso à distância, por meio de videoconferência e em ambiente virtual de aprendizagem, além das aulas presenciais. Tudo para garantir o que ela define como 'ser os olhos do outro'.
"Para quem está repassando as informações também é um ganho por que amplia a sua visão de mundo. Ele passa a prestar atenção em detalhes que antes passavam despercebidos", afirmou Lívia.
Para qualquer outro espectador, a ópera é compreendida via telão, onde se lêem as legendas traduzidas. Para um deficiente visual essa e as demais manifestações de artes visuais, ficavam obrigatoriamente de fora de seu reperouvido poderão ter acesso à tecnologia de qualquer ponto do Teatro. "Eles poderão escolher livremente o assento que quiserem". Não será acrescido nenhum valor ao ingresso por conta da novidade.
A idéia é ampliar a tecnologia para museus, exposições de artes visuais, cinemas e peças de teatro. "O Teatro Vivo em São Paulo adotou o sistema em 2007 e foi o primeiro no País e dar acessibilidade a todos".
Segundo a professora, o sistema serve também para pessoas que têm o sistema cognitivo comprometido, como portadores de dislexia ou outro tipo de deficiência intelectual.
Este é o segundo convênio que a Biblioteca Braille do Amazonas realiza com a Vivo. Em fevereiro deste ano, dez apostilas do Ensino Médio e oito do Ensino Fundamental foram lançadas em versão áudio para os alunos.
A ópera `Sansão e Dalila' será apresentada pela última vez no XIII Festival Amazonas de Ópera (FAO) amanhã, a partir das 20h.
Fonte: Diário do Amazonas - AL
"É como se há muito tempo eu estivesse de olhos fechados para o mundo e de repente começasse a enxergar o que nunca tinha visto". A impressão é de um deficiente visual, maravilhado com a apresentação da ópera `Sansão e Dalila'. Gilson Moura, que não enxerga há 29 anos, participou do teste do novo serviço que será oferecido pelo Teatro.
Audiodescrição
A audiodescrição é a técnica de transformar a imagem em palavras. Funciona como um sistema de tradução: o ouvinte recebe as informações via fone de ouvido de um audiodescritor, que fica em uma cabine assistindo ao espetáculo e repassando informações que vão desde o cenário até o figurino e entrada e saída de cena de personagens.
Para isso, 18 pessoas entre funcionários da Secretaria Estadual de Cultura (SEC), Teatro Amazonas e Biblioteca Braille, estão sendo treinadas pela operadora de telefonia Vivo, patrocinadora do projeto. Para cada apresentação, elas estudam antecipadamente informações técnicas sobre a obra e acompanham os ensaios. "É uma ação pioneira no Amazonas e a técnica é muito recente no Brasil", explicou a professora do curso, Lívia Maria Motta, que veio de São Paulo para ministrar a aula presencial.
Ensaio da ópera `Sansão e Dalila'
São 42h de curso à distância, por meio de videoconferência e em ambiente virtual de aprendizagem, além das aulas presenciais. Tudo para garantir o que ela define como 'ser os olhos do outro'.
"Para quem está repassando as informações também é um ganho por que amplia a sua visão de mundo. Ele passa a prestar atenção em detalhes que antes passavam despercebidos", afirmou Lívia.
Para qualquer outro espectador, a ópera é compreendida via telão, onde se lêem as legendas traduzidas. Para um deficiente visual essa e as demais manifestações de artes visuais, ficavam obrigatoriamente de fora de seu reperouvido poderão ter acesso à tecnologia de qualquer ponto do Teatro. "Eles poderão escolher livremente o assento que quiserem". Não será acrescido nenhum valor ao ingresso por conta da novidade.
A idéia é ampliar a tecnologia para museus, exposições de artes visuais, cinemas e peças de teatro. "O Teatro Vivo em São Paulo adotou o sistema em 2007 e foi o primeiro no País e dar acessibilidade a todos".
Segundo a professora, o sistema serve também para pessoas que têm o sistema cognitivo comprometido, como portadores de dislexia ou outro tipo de deficiência intelectual.
Este é o segundo convênio que a Biblioteca Braille do Amazonas realiza com a Vivo. Em fevereiro deste ano, dez apostilas do Ensino Médio e oito do Ensino Fundamental foram lançadas em versão áudio para os alunos.
A ópera `Sansão e Dalila' será apresentada pela última vez no XIII Festival Amazonas de Ópera (FAO) amanhã, a partir das 20h.
Fonte: Diário do Amazonas - AL
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