O Centro de Engenharia de Reabilitação e Acessibilidade (CERTIC), da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, Vila Real, acusou hoje o Ministério da Educação de «ter esvaziado» o protocolo estabelecido há oito anos no âmbito das necessidades educativas especiais das escolas do distrito.
O coordenador do CERTIC, Francisco Godinho, disse à Lusa que o ministério criou uma rede de 25 Centros de Recursos de Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) para a Educação Especial (CRTIC), que - sustenta - «excluiu o CERTIC do papel que vinha desempenhando desde 2000».
As zonas de intervenção dos CRTIC, definidas centralmente pelo Ministério da Educação (ME), repartem o atendimento dos concelhos do distrito de Vila Real pelos Centros de Chaves (distrito de Vila Real), Mirandela (distrito de Bragança), Cinfães (distrito de Viseu) e Guimarães (distrito de Braga).
Com esta distribuição, os utentes são obrigados, segundo Francisco Godinho, a deslocar-se, o que considerou «não fazer sentido» devido à experiência que existe em Vila Real.
Por isso, disse, o CERTIC está disponível para apoiar a criação de um Centro de Recursos de Tecnologias de Informação e Comunicação para a Educação Especial na Escola Monsenhor Jerónimo do Amaral, em Vila Real.
Segundo o responsável, a UTAD forneceria equipamentos (sob a forma de doação e empréstimo) e estabeleceria uma parceria de colaboração.
Esta proposta já foi acolhida favoravelmente pelo presidente da Escola de Ciências e Tecnologia da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), pela Câmara de Vila Real e pela presidente do executivo da Escola EB 2,3 Monsenhor Jerónimo do Amaral.
A condição para o apoio da UTAD à criação deste Centro em Vila Real estará condicionada à integração do mesmo na rede de CRTIC com igualdade de competências e a atribuição de uma zona de intervenção apropriada.
Contactada pela Agência Lusa, a Direcção Regional de Educação do Norte (DREN), rejeitou a «atribuição de incumprimentos protocolares» e disse «estranhar» que o coordenador do CERTIC apresente hoje a proposta de criação de um CRTIC na Escola Monsenhor Jerónimo do Amaral.
Isto porque, sustenta, em 2007 invocou «a duplicação de serviços na mesma cidade aquando da proposta de criação de um CRTIC naquela escola, não tendo manifestado a vontade de patrocinar a criação de um centro, tendo conhecimento da rede dos centros de recursos».
A DREN referiu ainda que a UTAD assinou a actualização do protocolo de cooperação em 2007, comprometendo-se a colaborar outros centros de recursos TIC para a educação especial.
Francisco Godinho considerou, no entanto, que a DREN «omite o problema», considerando que o serviço prestado pelo CERTIC é semelhante aos dos CRTIC, pelo que «não faz sentido que sejam atribuídos a centros exteriores» ao distrito de Vila Real mais de metade dos concelhos de Vila Real.
Por exemplo, afirmou que o concelho de Vila Real foi atribuído ao CRTIC de Mirandela (distrito de Bragança), o de Peso da Régua ao de Cinfães (distrito de Viseu) e o de Mondim de Bastos ao de Guimarães (distrito de Braga).
«Esta situação obriga as crianças e jovens com deficiência, os seus familiares e os docentes desta zona a deslocarem-se para fora do distrito sem necessidade», concluiu.
Fonte: Diário Digital / Lusa
O coordenador do CERTIC, Francisco Godinho, disse à Lusa que o ministério criou uma rede de 25 Centros de Recursos de Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) para a Educação Especial (CRTIC), que - sustenta - «excluiu o CERTIC do papel que vinha desempenhando desde 2000».
As zonas de intervenção dos CRTIC, definidas centralmente pelo Ministério da Educação (ME), repartem o atendimento dos concelhos do distrito de Vila Real pelos Centros de Chaves (distrito de Vila Real), Mirandela (distrito de Bragança), Cinfães (distrito de Viseu) e Guimarães (distrito de Braga).
Com esta distribuição, os utentes são obrigados, segundo Francisco Godinho, a deslocar-se, o que considerou «não fazer sentido» devido à experiência que existe em Vila Real.
Por isso, disse, o CERTIC está disponível para apoiar a criação de um Centro de Recursos de Tecnologias de Informação e Comunicação para a Educação Especial na Escola Monsenhor Jerónimo do Amaral, em Vila Real.
Segundo o responsável, a UTAD forneceria equipamentos (sob a forma de doação e empréstimo) e estabeleceria uma parceria de colaboração.
Esta proposta já foi acolhida favoravelmente pelo presidente da Escola de Ciências e Tecnologia da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), pela Câmara de Vila Real e pela presidente do executivo da Escola EB 2,3 Monsenhor Jerónimo do Amaral.
A condição para o apoio da UTAD à criação deste Centro em Vila Real estará condicionada à integração do mesmo na rede de CRTIC com igualdade de competências e a atribuição de uma zona de intervenção apropriada.
Contactada pela Agência Lusa, a Direcção Regional de Educação do Norte (DREN), rejeitou a «atribuição de incumprimentos protocolares» e disse «estranhar» que o coordenador do CERTIC apresente hoje a proposta de criação de um CRTIC na Escola Monsenhor Jerónimo do Amaral.
Isto porque, sustenta, em 2007 invocou «a duplicação de serviços na mesma cidade aquando da proposta de criação de um CRTIC naquela escola, não tendo manifestado a vontade de patrocinar a criação de um centro, tendo conhecimento da rede dos centros de recursos».
A DREN referiu ainda que a UTAD assinou a actualização do protocolo de cooperação em 2007, comprometendo-se a colaborar outros centros de recursos TIC para a educação especial.
Francisco Godinho considerou, no entanto, que a DREN «omite o problema», considerando que o serviço prestado pelo CERTIC é semelhante aos dos CRTIC, pelo que «não faz sentido que sejam atribuídos a centros exteriores» ao distrito de Vila Real mais de metade dos concelhos de Vila Real.
Por exemplo, afirmou que o concelho de Vila Real foi atribuído ao CRTIC de Mirandela (distrito de Bragança), o de Peso da Régua ao de Cinfães (distrito de Viseu) e o de Mondim de Bastos ao de Guimarães (distrito de Braga).
«Esta situação obriga as crianças e jovens com deficiência, os seus familiares e os docentes desta zona a deslocarem-se para fora do distrito sem necessidade», concluiu.
Fonte: Diário Digital / Lusa
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