Uma jovem da licenciatura em Turismo da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) criou um roteiro em braille, relevo e texto ampliado do Museu da Região Flaviense, em Chaves, para pessoas invisuais e com baixa visão.
O projecto teve como objectivo «dar o primeiro passo para que o museu se torne inclusivo e acessível a pessoas com deficiência visual», disse à agência Lusa a aluna, Ana Tavares, de 25 anos.
O roteiro tem 30 páginas em braille, relevo e texto ampliado, possibilitando aos invisuais que visitam o museu fazer um percurso pelo espólio museológico, com algumas peças identificadas e descritas e um exemplar táctil.
No âmbito de uma unidade curricular, a estudante está a realizar uma investigação "A escuridão nos museus -- Acessibilidade para pessoas invisuais" e, neste contexto, surgiu a ideia de estagiar um mês no Museu da Região Flaviense - Núcleo de Arqueologia e criar o roteiro em braille.
Com este projecto de investigação, Ana Tavares pretende perceber quantos museus, em Portugal, estão preparados e de que forma para receber pessoas com deficiência visual.
«Fala-se imenso na criação de acessibilidades para pessoas portadoras de deficiências motoras, mas esquecem-se das pessoas invisuais», frisou a autora do roteiro em braille.
Ana Tavares ressalvou que ainda não existe grande abertura para este tipo de projectos porque a procura por parte dos invisuais «é pouca» e são acções «muito dispendiosas».
Mas, salientou, «não existe procura porque não existe oferta».
A Câmara de Chaves abraçou o projecto e imprimiu dez exemplares do roteiro em braille, relevo e texto ampliado que já estão disponíveis na recepção do museu.
Fonte: http://www.tsf.pt/
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